sábado, 10 de janeiro de 2009

Entre refrigerantes e salgadinhos...

Ô coisa difícil é querer oferecer uma alimentação saudável a um filho pequeno em tempos de salgadinhos ‘chips’e refrigerantes. A situação ainda piora quando se quer optar por uma alimentação vegetariana. Tudo tem carne! E quando a gente chega numa lanchonete, por exemplo, e pergunta ‘o que vocês têm sem carne?’, o atendente responde: ‘tem esse pastelzinho de queijo e presunto’. Ou ainda: ‘tem também sanduíche natural de atum ou frango’. Como se presunto, peixe e frango não fossem bicho morto.

Mas o que mais me indigna mesmo são as reações de dentro da minha família. É uma verdadeira luta! Mainha quer a todo custo que Ravi – meu filho de 1 ano e 7 meses – ingira proteína proveniente da carne. Todo dia temos que repetir a mesma ladainha: ‘ a gente não quer dar animal a Ravi.’ Mas sempre que ela pode dá um jeito de dar um caldinho de feijão (cheio de charque e aquelas outras carnes que se bota em feijão), e liquidificar às escondidas algum pedaço de boi numa sopa de legumes.

Este início de ano estamos passando uns dias na praia, em Serrambi, junto com minha família. E em casa de praia a quantidade de besteira na cozinha quadruplica. Hoje, minha filha de 14 anos – já perdida em Mc Donalds e Burguer Kings – apareceu comendo um saco de salgadinhos daqueles cheio de glutamato monossódico e outras porqueiras. Claro que Ravi vendo ela comer algo tão amarelo e barulhento também quis. E claro que eu não deixei. Aí mainha: ‘Dá só um pra ele. O bichinho fica vendo e quer também’. E aí sempre rola um bate-boca entre eu e ela, o que também não é nada saudável.

Acabo de ser interrompida neste exato momento com meu irmão chegando com um saco de pingo d’ouro e oferecendo a Ravi. Mais uma vez grito aos quatro cantos da casa que Ravi não pode comer essas coisas impregnantes. Pelo menos enquanto eu e o pai dele conseguirmos controlar...

Sei que se continuarmos vivendo nessa sociedade perdida, com valores totalmente invertidos, que adora embutidos, empacotados e enlatados, em algum momento Ravi escapulirá. Esse é um dos motivos que me faz querer ir viver no mato.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lu, esse negócio de alimentação é uma coisa muito pessoal, eu prefiro comer sem radicalismos e quando faço meus exames médicos os resultados são sempre muito bons. Ravi também parece estar com saúde, com o tipo de alimentação que você está dando pra ele. Então fica fria. Obs: Deixa pra ir pro mato quando eu for pra praia, visse?

drika duarte disse...

Glutamato monossódico
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Glutamato monossódico

Nome IUPAC sodium (2S)-2-amino-5-hydroxy-5-oxo-pentanoate
Identificadores
Número CAS 142-47-2
PubChem 85314
SMILES C(CC(=O)O)C(C(=O)O-)N.[Na+]
Propriedades
Fórmula molecular C5H8NNaO4
Massa molar 169.111
Ponto de fusão 225℃

Solubilidade em água muito solúvel em água
Excepto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições PTN
Referências e avisos gerais sobre esta caixa
O Glutamato Monossódico (MSG) é o sal sódico do ácido glutâmico, um aminoácido presente em todas as proteínas animais e vegetais.

Muito utilizado na indústria alimentícia, o MSG cria um sabor suave, rico e encorpado e pode ser adicionado em carnes, peixes, frangos, vegetais e frutos do mar, sendo que em muitos países é usado como tempero de mesa. Ainda, em certos alimentos, o MSG pode ajudar a reduzir o conteúdo de sódio sem comprometer o gosto. O MSG contem apenas um terço da quantidade de sódio em comparação ao sal de cozinha.

De modo semelhante ao vinagre, molho de soja e iogurte, o MSG é produzido através de processos fermentativos de matérias primas de origem natural como são o melaço da cana de açúcar, açúcar de beterraba ou do amido obtido da tapioca ou de cereais.

O glutamato naturalmente encontrado em alimentos e o glutamato derivado do MSG são idênticos e são absorvidos e metabolizados da mesma maneira pelo corpo humano. Por exemplo, não existe diferença entre o glutamato livre encontrado naturalmente nos cogumelos, queijos e tomates e o glutamato livre proveniente do MSG, de proteínas hidrolisadas ou do molho de soja (shoyu) produzidos industrialmente. Além disso, glutamato é encontrado em abundância no leite materno humano, em níveis dez vezes superiores aos encontrados no leite de vaca. Como resultado, a criança em fase de amamentação consome grande quantidade de glutamato, por quilo corpóreo, do que em qualquer outra fase de toda sua vida.

Pesquisas recentes demonstram que o MSG estimula receptores específicos da língua produzindo um gosto essencial que se conhece com o nome de umami que, em japonês significa saboroso ou delicioso. O gosto umami corresponde ao quinto gosto básico, o qual é diferente dos outros quatro sabores conhecidos, doce, salgado, azedo e amargo.

Devido ao fato do MSG ser usado amplamente como ingrediente alimentício, grande número de pesquisas têm sido realizadas sobre sua inocuidade e eficácia. Essas pesquisas, realizadas e avaliadas por cientistas e agências de regulamentação de todo o mundo, juntamente com a sua longa tradição de uso, claramente evidenciam que o MSG é de uso seguro. Entretanto, na década de 60, foi postulado que o MSG presente em alimentos servidos em restaurantes chineses, seria o responsável pela indução de uma serie de sintomas desagradáveis, os quais foram denominados “Síndrome do Restaurante Chinês”. Esses sintomas incluem dor de cabeça (cefaléia), ondas de calor, vermelhidão facial, formigamento e rigidez na parte posterior do pescoço, opressão torácica, moléstias gástricas como náuseas e vômitos, taquicardia e alterações de humor. Na época este tema foi divulgado pela revista New England Journal of Medicine. Porém, pesquisas científicas realizadas posteriormente não confirmaram a relação entre o consumo de alimentos contendo MSG e a “Síndrome do Restaurante Chinês”. Assim, atualmente, associar a “Síndrome do Restaurante Chinês” ao consumo de alimentos contendo MSG é considerado incorreto e ultrapassado.

Da mesma forma, esporadicamente tem surgido especulações sobre a relação entre a ingestão de MSG e doenças degenerativas cerebrais tais como Alzheimer, Isquemia e Parkinson. Também tem sido sugerido que o MSG é responsável por uma série de condições de saúde como hiperatividade em crianças, obesidade, reações alérgicas, asma, câncer e enxaqueca. Entretanto não existem evidências científicas que comprovem que tais doenças tenham sido causadas pelo MSG.

O Codex Alimentarius, organização internacional que tem por objetivo proteger a saúde dos consumidores e assegurar a aplicação de práticas eqüitativas no comércio de alimentos, e o JECFA (Comitê Conjunto FAO/OMS de Peritos em Aditivos Alimentares e Contaminantes), os quais são utilizados em muitos países como referência para o estabelecimento da legislação nacional sobre alimentos, reconhecem que o MSG, como aditivo alimentar, é de uso seguro em alimentos. Ou seja, os consumidores de todo o mundo podem consumir diariamente alimentos contendo MSG como aditivo alimentar, com total segurança e sem riscos à sua saúde.

Nos Estados Unidos, o FDA (Food and Drug Administration), órgão responsável pela regulamentação de alimentos naquele país, classifica o MSG como um ingrediente de alimentos seguro, de forma semelhante ao sal, o açúcar, o fermento e o vinagre. Ou seja, considera o MSG como uma substância de uso seguro em alimentos.

No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão do Ministério da Saúde responsável pela regulamentação, fiscalização e controle de aditivos e alimentos no país, através da Resolução ANVS / MS n° 386, de 05 de Agosto de 1999, publicada na Seção I do Diário Oficial da União do dia 9 de Agosto de 1999, classifica o realçador de sabor glutamato monossódico como um produto BPF (quantum satis), ou seja, com limite máximo de uso baseado na quantidade suficiente para se obter o efeito desejado no alimento, o que é estabelecido unicamente para aditivos alimentares considerados de uso seguro.

Lu Rabelo disse...

Drika, pra mim esse discurso é o utilizado pelas empresas interessadas unicamente em lucro e nem aí pra saúde da população.