(Por Anaíra Mahin)
no tempo de dona Carminha moça,
era o divertimento a pracinha dos hotéis,
onde, entre o doce dos roletes, e o crocante da beira seca,
se imaginavam romances
Ô eu lá!
(Por Luciana Rabelo)
Nesse tempo eu queria ter vivido...
Respirar o ar puro do Sertão!
ver a Lua nascer e ir pro chão
num Céu limpo, repleto de magia.
O silêncio da rua adormecida
Me ensinar que é preciso paciência.
E o Sol colorir o meu caminho
Abrasar o meu sangue e minha alma.
Conviver com meu povo, com o amor
Transmutar sentimentos em um mote
Namorar na calçada da Usina
Encenar o amor de outro amante
Ir à feira comprar de tudo um pouco
encontrar todo mundo num lugar
tomar caldo de cana, ouvir cordel
só voltar quando a feira acabar
conversar com os loucos nas calçadas
caminhar nas estradas indo aos sítios
escutar cantoria e bolero
e o blém-blém lá do sino da igreja
ler as cartas daquele bem amado
muitas horas me deslocar de trem
No Natal ganhar um vestido novo
e nos bailes dançar com aquele alguém
ver estrelas cadentes me brindar
lumiar os meus sonhos, minha vida
e assim eu vivendo, tão florida,
entender que o segredo é amar.
Um comentário:
Lindo Lu, saudades viu !!!
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